Menos de um mês antes da eleição
municipal, o candidato Diego Libardi
(Republicanos) partiu com firmeza pra cima do candidato Ferraço (PP)
que, aliás, vem liderando a campanha desde o início, segundo pesquisas que
rolam por aí. Diz que Ferraço “já não
tem mais condições de administrar” e que seu vice, Júnior Corrêa “não sabe o
que quer da vida: ser padre ou
político”. Com isso, deixou os outros
candidatos de lado. Como se dissesse assim: “meu adversário é Ferraço e os
empresários do mármore e granito”.
A grande verdade é que coragem não lhe
está faltando, pois vem pedrada por aí.... Por quais razões, não se sabe,
Libardi diz “Ferraço tem medo de mim...”. É o que veremos nesse anunciado pugilato
eleitoral...
Por outro lado, o prefeito Vitor, através
de um pronunciamento verdadeiro, vem tentando justificar o aumento na cobrança
do IPTU. Assunto enormemente explorado pelos seus adversários. Disse a ele que a justificativa legal, na
eleição, era inócua, mesmo sabendo, por exemplo, que o Tribunal de Contas
ameaçava o Prefeito de tipificá-lo em crime de improbidade ou equivalente. O
que estava querendo dizer, em síntese, é que há uma defasagem grande entre a
realidade técnica do julgamento e a realidade do contribuinte. É nesse momento
que aparecem os candidatos oportunistas para, usando os meios descritos
anteriormente, produzem uma festa.
Vai crescer a campanha nas redes. Para não
ficar somente no campo especulativo, gostaria de fazer algumas ponderações
sobre as redes sociais. Em pleno
debate político, nem todos têm consciência que o que começou como uma
plataforma de debates, destinada a democratizar o acesso à informação e dar voz
a todas as pessoas, a rigor, converteu
numa “terra de ninguém”, em que estelionatários da jogatina, charlatões da
medicina e extremistas prosperam, contando, muitas vezes, com a impunidade do
suposto anonimato.
Ora,
as plataformas, que deveriam funcionar, digamos, como um árbitro, me ensina
Bruno Astuto, se beneficiam do caos que criam. Ou seja: cada curtida, cada
compartilhamento, cada visualização gera lucro, independentemente de o conteúdo
ser verdadeiro, informativo ou destrutivo.
Bem, onde quero chegar com isso? Como o
eleitor pode separar – para usar uma expressão
antiga – o joio do trigo? Ou, melhor dizendo, como pode escolher um
candidato que está falando verdade? Não quero ser pessimista, mas não creio que
seja resultado da falta de rapidez na regulamentação legal.
A
velocidade da tecnologia é muito maior do que a legislação. A primeira, por
óbvio, é imediata. Ora, a segunda, a legislação, é resultado de diálogos
coletivos, é racional, metódica e lenta. Daí decorre a grande defasagem
reclamada por todos e causadora das grandes injustiças.
Creio
que, a partir de agora, o eleitor deverá tomar muito cuidado. Pelo clima nos
bastidores a campanha vai esquentar, sobretudo, nas redes. Sobretudo porque o
tempo na TV é pouco.
Por
outro lado, é de registrar a ausência do governador Renato Casagrande na
campanha. Esperteza política não lhe falta. Basta dizer, como prova
insofismável disso, que saiu de Castelo para alcançar os mais altos postos na
política capixaba. Seja o que Deus quiser...