Por
óbvio, esta crônica está circulando antes do lançamento da pré-candidatura de
Ferraço e Juninho. Claro que pretende, estrategicamente, ser uma festa para
superar todas as, como diria, “festas de lançamento”. Tanto da Lorena Vasques, assim como a de
Diego Libardi. Claro que os pré-candidatos que se lançam agora gozam de
vantagem grande por terem referência do que aconteceu. Podem comparar. Bem,
claro que Ferraço e Juninho organizaram uma festa de grande repercussão.
Dito
isso, quero comentar a impressão que o governador Renato Casagrande deixou após
uma entrevista concedida, se não me engano, a Rádio Cachoeiro. Disse que
Ferraço é seu parceiro e aliado, assim como Lorena, que, essencialmente, é do
seu partido, o PSB. Disse mais. Que
“conversei longamente” com Ricardo Ferraço.
Só não abraçou a pré-candidatura de Diego Libardi. Embora tenha sido seu
secretário.
Reafirmou que já conversara com Lorena, e receberia cada um dos citados
aqui. Bem, isso demonstra, efusivamente, que ele carrega ainda um sentimento
negativo de sua votação em Cachoeiro, na última eleição. Onde, a rigor, prevaleceu o eleitor de
Bolsonaro. Não quer que isso se repita. O leitor, que eventualmente, acompanha esta
crônica, haverá que estar perguntando se ele apoia ou não a candidata Lorena,
de seu partido PSB?
Bem,
isso é conversa de político. Mas resta saber se, após a divulgação do escândalo
das joias, em que Bolsonaro está envolvido até o pescoço, se o discurso de
Renato continua o mesmo, principalmente em relação ao vereador Juninho, que considera
Bolsonaro seu grande líder.
Uma
coisa passou pela minha cabeça – e me parece óbvia – a mudança partido do
vereador Juninho está ligada ao fato de deixar o governador mais à vontade
para, inclusive, conceder a entrevista referenciada. É sempre bom refrescar a memória: Juninho –
bolsonarista até a alma - deixou o PL e
foi para o Partido Novo. Trama urdida, por óbvio, com extrema esperteza, por
políticos hábeis. O PL hoje está
lançando o vereador Léo Camargo...
Não é
verdade que Juninho saiu do PL porque estava sendo incomodado por seus colegas,
como ele asseverou. Ele saiu para permitir apoios sem constrangimentos,
principalmente de tendências, digamos, de esquerda. Como é o caso do próprio
governador.
O
jogo sucessório está sendo habilmente tramado.
Mesmo as pessoas que ficam de longe absorvem esses fatos narrados dentro
de um mínimo de lógica. Certo ou errado? Não estou discutindo isso, só estou
colando mais uma opinião nesse tabuleiro de xadrez. Quem fizer uma leitura mais
apurada dos fatos provavelmente vai vencer as eleições, sobretudo porque
chegará bem perto do voto do leitor.
Só
queria entender como será tramada a ligação com o governo federal, já que as
obras anunciadas precisarão, por certo, de verbas da União, através de presidente
Lula. Por falar nisso, por onde anda Casteglione? A última vez que o vi foi no
Podcast deste jornal, conduzido pelo nosso diretor, Wagner Medeiros.
No
passado, nas eleições municipais, prevalecia o carisma dos candidatos. Como foi
o caso, só para citar um exemplo, de Hélio Carlos Manhães. A conjuntura hoje me parece outra. Hélio
conseguia encantar os eleitores com seu carisma e sua oratória. Hoje, vou
esperar os resultados para analisar. Só
espero que não apareça por aí um maluco perigoso Javier Milei... Não tem graça nenhuma...