Crônicas
O que nos espera...
2024-07-30 08:56:26

    Por óbvio, esta crônica está circulando antes do lançamento da pré-candidatura de Ferraço e Juninho. Claro que pretende, estrategicamente, ser uma festa para superar todas as, como diria, “festas de lançamento”.  Tanto da Lorena Vasques, assim como a de Diego Libardi. Claro que os pré-candidatos que se lançam agora gozam de vantagem grande por terem referência do que aconteceu. Podem comparar. Bem, claro que Ferraço e Juninho organizaram uma festa de grande repercussão.

   Dito isso, quero comentar a impressão que o governador Renato Casagrande deixou após uma entrevista concedida, se não me engano, a Rádio Cachoeiro. Disse que Ferraço é seu parceiro e aliado, assim como Lorena, que, essencialmente, é do seu partido, o PSB.  Disse mais. Que “conversei longamente” com Ricardo Ferraço.  Só não abraçou a pré-candidatura de Diego Libardi. Embora tenha sido seu secretário.

   Reafirmou que já conversara com Lorena, e receberia cada um dos citados aqui. Bem, isso demonstra, efusivamente, que ele carrega ainda um sentimento negativo de sua votação em Cachoeiro, na última eleição.   Onde, a rigor, prevaleceu o eleitor de Bolsonaro.  Não quer que isso se repita.  O leitor, que eventualmente, acompanha esta crônica, haverá que estar perguntando se ele apoia ou não a candidata Lorena, de seu partido PSB?

   Bem, isso é conversa de político. Mas resta saber se, após a divulgação do escândalo das joias, em que Bolsonaro está envolvido até o pescoço, se o discurso de Renato continua o mesmo, principalmente em relação ao vereador Juninho, que considera Bolsonaro seu grande líder.

   Uma coisa passou pela minha cabeça – e me parece óbvia – a mudança partido do vereador Juninho está ligada ao fato de deixar o governador mais à vontade para, inclusive, conceder a entrevista referenciada.   É sempre bom refrescar a memória: Juninho – bolsonarista até a alma -  deixou o PL e foi para o Partido Novo. Trama urdida, por óbvio, com extrema esperteza, por políticos hábeis.  O PL hoje está lançando o vereador Léo Camargo...

   Não é verdade que Juninho saiu do PL porque estava sendo incomodado por seus colegas, como ele asseverou. Ele saiu para permitir apoios sem constrangimentos, principalmente de tendências, digamos, de esquerda. Como é o caso do próprio governador.  

   O jogo sucessório está sendo habilmente tramado.  Mesmo as pessoas que ficam de longe absorvem esses fatos narrados dentro de um mínimo de lógica. Certo ou errado? Não estou discutindo isso, só estou colando mais uma opinião nesse tabuleiro de xadrez. Quem fizer uma leitura mais apurada dos fatos provavelmente vai vencer as eleições, sobretudo porque chegará bem perto do voto do leitor.

   Só queria entender como será tramada a ligação com o governo federal, já que as obras anunciadas precisarão, por certo, de verbas da União, através de presidente Lula. Por falar nisso, por onde anda Casteglione? A última vez que o vi foi no Podcast deste jornal, conduzido pelo nosso diretor, Wagner Medeiros.  

   No passado, nas eleições municipais, prevalecia o carisma dos candidatos. Como foi o caso, só para citar um exemplo, de Hélio Carlos Manhães.  A conjuntura hoje me parece outra. Hélio conseguia encantar os eleitores com seu carisma e sua oratória. Hoje, vou esperar os resultados para analisar.  Só espero que não apareça por aí um maluco perigoso Javier Milei... Não tem graça nenhuma... 

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