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Casagrande tomou conta
2022-08-04 00:00:00

 O prefeito Victor Coelho tem razão - e muita - em divulgar as suas vitórias administrativas diante do quadro político que se apresenta.


Aliás, como abordei aqui na crônica da semana passada (29/7).  Principalmente depois que os Ricardo Ferraço passou a ser candidato a vice-governador e atraiu Ferração e Norma para junto do governador Casagrande.   Segundo este jornal, o prefeito recebeu nota máxima em gestão fiscal pelo sexto ano.  Mas, mesmo respeitando a lei eleitoral, acho ainda tímido o seu contato com a imprensa. Aliás, sempre foi. Falta, na sua assessoria, principalmente a projeção do prefeito do hoje, do ontem e do amanhã.

Digo isso porque ele vai ficar dois anos sem mandato a partir de 2024, dividindo o poder com os Ferraço e Norma. E quem mais vier. Bem, já falei sobre isso. Com razão ou sem razão, mas apenas opinião pessoal. Passo a fazer uma análise superficial do quadro político para sucessão de Casagrande. Acho muito difícil que o atual governador perca a eleição. Só mesmo um fenômeno quase implausível.  Ao contrário. É favoritíssimo só. 

Basta que se veja o destempero do candidato Guerino Zanon (PSD), ex-prefeito de Linhares, em favor do presidente Bolsonaro. Discurso de quem já anteviu a derrota.

Transformou a fama de bom administrador em o grotesco gênero autoritário e reacionário, com acusações já antigas de que o governador Casagrande seria comunista. Pior: usa discurso bolsonariano repugnante, onde cabe até dedurismo. 

O que a gente percebe, conversando com o eleitor, é que Casagrande usou uma tática curiosa e que está dando certo.    Assumiu o cenário como candidato, ocupando todos espaços da mídia. Com isso, deixou uma espécie freta de sol na praia dos outros candidatos.  Exagerando, mas é isso que se vê: as pessoas só conhecem Casagrande como candidato ao Governo.  Os outros ainda vão ter que fazer campanha a partir de agora, num espaço mais curto.    Explicando melhor: o eleitor não vai julgar outros candidatos, mas a administração de Casagrande.  Isso, é bem verdade, se Paulo Hartung - com sua fama de bruxo - não encontrar uma fórmula olímpica "para ferir de morte" a campanha do governador. Mas isso corre no campo do sortilégio ou da mágica.

Diante desse quadro, a maioria dos candidatos a deputados (estadua e federal) e ao senado vem atuando sem temer a infidelidade partidária, já que o TSE nunca cassou mandato de quem age assim.  Se há fórmulas para derrotar Casagrande, ainda estão aquecendo. Elas ainda não entraram em campo. Os candidatos estão de olho nessa realidade.

 

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