Estrategistas ligados ao prefeito Victor Coelho raciocinam da seguinte maneira: "nas próximas eleições para prefeito ele vai dar prioridade aos candidatos a vereador". Só irá escolher o candidato de seu partido - a quem vai emprestar o seu apoio - depois de uma base sólida formado pelos vereadores. O que quer dizer isso? Claro que neste momento, quando se busca informações novas pelo país, trata-se de um raciocínio inteligente e ao mesmo tempo muito ao sabor da esperteza e malícia política. O tempo vem transformando aquele jovem político de ontem num competente articulador calculista.
A nova secretária de serviços urbanos, Lorena Vasques, vem dando agilidade à administração, exatamente como o povo gosta e precisa. Marca em cima do lance. Não deixa a bola passar. Ela dá a impressão que aconteceu por todas as ruas. É uma dinâmica que estava faltando. Buracos permaneciam fazendo aniversário. Tanto no centro quanto na periferia. Por que digo isso? Os candidatos a vereador se deliciam e se cacifam com esse novo modelo, pois prometem e cumprem. Daí o raciocínio que o prefeito pode trabalhar e escolher seus vereadores, em primeiro lugar. E saber deles qual o candidato ideal e que vai vencer a eleição. Trata-se, elementarmente, de um raciocínio dialético: tese, antítese e síntese.
Essa dinâmica colocada em jogo pela secretária, abre o visor para as obras, sem permitir reclamações de incômodos. Claro que essa estratégia já deve ter sido percebida pelos seus adversários. Já ouvi até mesmo comentários de empresários que, em tese, estariam não só reclamando, mas apontando em direção ao candidato de oposição, com os quais desabafavam suas reclamações.
Outro dado que considero importante é divulgado pelo TSE. Ou seja, integrante do PL há um ano e quatro meses, o ex-presidente Jair Bolsonaro não levou o partido ao boom de filiados que se esperava quando o então chefe do Palácio do Planalto ingressou na legenda, em novembro de 2021. Apesar de se ter tornado o maior partido do Congresso, o objetivo da sigla era também impulsionar as próprias fileiras e chegar a um milhão de membros, mas a meta fracassou. A legenda não só não cresceu, como perdeu quadros.
Isso é preocupante para a direita, ao mesmo tempo em que favorece os outros partidos, como o PSB, por exemplo. A secretária Lorena deu outra dinâmica naquilo que fica mais visível ao eleitor. E, mais um dado importante, é mulher. Falo isso não por mim, observador das coisas de política, mas pelo que ouço e vejo. Por isso, as discussões contra a administração vão se deslocar, por exemplo, para a teoria, o campo ideológico, isto porque se se concentrar na realização de obras, por exemplo, Victor vai ganhar de goleada.