A viagem do prefeito Victor Coelho e seu vice, Ruy Guedes, para cumprir agenda na Colômbia, onde visitarão a cidade de Medellín, uma referência mundial em gestão pública, urbanismo social e combate à violência, é uma boa ideia para o administrador que pensa em modernizar sua cidade, tornando-a mais humana. Não é novidade para ninguém as experiências bem-sucedidas que transformaram a realidade da população daquela cidade.
Qualquer publicação nos meios sociais demonstrará que até o fim da década de 90 e início dos anos 2000, as cidades colombianas de Bogotá e Medelín eram referências mundiais em violência e narcotráfico. Inobstante, pouco mais 12 anos, essa realidade foi mudada através de um processo de transformações urbanas e sociais, com experiências que fizeram com que a Colômbia saísse do caos e se tornasse referência em inovação e urbanismo.
A agenda mostra que Victor Coelho e Ruy Guedes também conhecerão equipamentos públicos inovadores, como as Unidades de Vida Articulada (centros de atividades esportivas, recreativas e culturais) e Bibliotecas Parque, e participarão de palestras sobre desenvolvimento urbano, social e territorial com gestores responsáveis pela implantação de políticas públicas locais.
Os administradores, de um modo geral, devem estar-se perguntando, como Dorrit Harazim, mulher de Elio Gaspari, por onde começar a reparar o elo civilizatório básico - aquele que permite a fruição plena do ciclo humano, da infância à velhice? Nem as crianças de Blumenau nem a menina Ester, de 9 anos, que morreu na mesma quarta-feira passada (segundo a polícia, em tiroteio entre criminosos rivais na Zona Norte do Rio), tiveram o direito ou privilégio de florescer. Amanhã ou depois, haverá mais passos infantis interrompidos, dentro, fora ou a caminho de uma escola. Assustada, a nau humana procura brechas para romper a concentração de ódio individual infiltrada na coletividade.
Mas, tal viagem permite também especulações no campo do cardápio político. Pergunta um assessor de pretenso candidato à sucessão: - ao levar o seu vice-prefeito, Ruy Guedes, nessa viagem, Victor o estaria preparando para sucedê-lo? Aliás, sem fofoca política, o prefeito nunca escondeu que possui grande admiração por Guedes. Acha-o discreto, preparado, atento e merecedor de sua confiança. Não estou dizendo, com isso, que Guedes é pule de dez. Mas, sem dúvida, que consta na lista de preferência para ser seu sucessor. Mas não é hora de qualquer anúncio.
Quem vem se mexendo, com o mesmo objetivo, é o deputado Alan Ferreira, seja nos bastidores como na mídia. É frequentador assíduo. Porém, lá de dentro o vereador Braz Zagoto, que está ocupando a cadeira de prefeito - e já tomou o gostinho - disse que não se pode esquecer dele, porque é a bola da vez. Enquanto isso, o deputado Bruno Rezende, acompanhado de seu scholar, Dr. Pulido, não deixa de lado a construção do Hospital do Câncer. É o seu grande trunfo na campanha. Casteglione, que foi prefeito duas vezes, e hoje é subsecretário estadual, já assegurou que também disputará o jogo. Com a camisa do PT e quer o apoio do governador...
