Saí do programa apresentado por Basílio Coelho, "Lado B da Notícia", a que pode ser assistido no Youtube, com a cabeça quente de tantos reclamos por não ter citado todos os nomes de eventuais candidatos a prefeito. Claro que não sei todos os nomes e o tempo do programa não propiciou isso. No entanto, fiquei feliz em saber que existem tantos candidatos com a vontade de administrar nosso município. Não sei a razão, mas me lembrei de Tancredo Neves. Dizia ele que "Numa negociação muito delicada, não se deve apresentar de uma só vez as condições ou exigências estabelecidas por cada parte". E os candidatos, apesar da volúpia em ser prefeito, falam pouco sobre seus planos, suas estratégias e seus aliados. Estão envoltos pela votação do último pleito. Em tempo integral, no entanto, andam buscando votos. Haja sola de sapato!, como dizia Camata.
O programa, ressalvo, tem um tempo determinado. E não há como abarcar todas as possibilidades. Os pré-candidatos são muitos. Por isso abreviei as perspectivas: a) Norma Ayub, com apoio de Ferraço; numa hipótese de inviabilidade, ele teria confidenciado a alguns amigos o apoio ao vereador (b) Juninho Corrêa, um autêntico bolsonarista, mas, hoje, com algumas ressalvas. Obviamente que o PT quer contar com (c) Carlos Casteglione; (d) Diego Libardi, depois de atravessar o caminho de Ferraço e Norma, quer ser o candidato de si próprio, procurando uma aproximação com o prefeito Victor Coelho; (e) os candidatos do prefeito Victor Coelho, que não divulga por estratégia e para esperar a viabilidade de cada um, seriam o deputado Allan Ferreira; Rui Guedes Barbosa; Braz Zagotto, dentre tantos outros. Como também pode aparecer um azarão de última hora.
Um candidato que corre fora desse páreo - e que busca encostar sua cabeça no ombro do governador Renato Casagrande - foi a grande surpresa da eleição: (f) o médico Bruno Rezende, hoje deputado estadual, cujo grande sonho é a construção do Hospital do Câncer. Bruno anda fazendo a divulgação de seu mandato com a força de um candidato prefeito. É novo na política, apesar de seu pai ter sido prefeito de Mimoso -José Carlos Rezende. Com uma vantagem ainda: continua seu trabalho no Hospital, em Cachoeiro. Aliás, fonte inesgotável de seus votos no âmbito oncológico.
Bem, até aí nada demais no que diz respeito ao quadro eleitoral. O que o leitor interessado no tema precisa ficar atento como se desenrola a campanha de cada um e quais as prioridades. Não é difícil, não. É só abrir as redes. Eles, candidatos, deixam rastros. Essa interação já é campanha pura. Razão pela qual temos um tempo longo para escolher. Perguntam-me sobre o desgaste de Bolsonaro, com escândalos das joias e outros, comentarei na próxima semana, pois o espaço já está fechando. Mas adianto: a cada dia que passa o escândalo é maior relativo à administração dele, até mesmo com espionagem oficial.
Temeridade, portanto, é qualquer prognóstico sobre os favoritos, e até mesmo quais serão os candidatos.
