Claro que estou falando antes da abertura das urnas. Mas preciso ter a coragem ética em dizer. Se Victor foi mau administrador, isto ficou por conta do julgamento dos candidatos que idolatram e veneram um presidente insano. A iminente vitória sepulta velhas lideranças e reduz a uma certa desimportância as que tentaram surgir agora. A campanha dos seus adversários pegou na jugular daquilo a que os cachoeirenses aspiram. Em momento algum conseguiram enxergar a cidade e sua gente com grandeza, ternura e de forma humanamente aberta. Aliás, não foi à toa que Rubem Braga proclamou, com curiosidade, o seu amor eterno a esta cidade e sua gente. E clamou isso para o mundo.
O destino conferiu a Victor, nobremente, dois mandatos para cumprir. Um, do Glauber, que a fatalidade não permitiu. Outro, dele próprio. Que começará no primeiro dia de janeiro do próximo ano. Para tanto fez uma campanha serena e exemplar, com voltagem emocional adequada, pois um realismo nada mais é do que uma ponte para o poético. Estamos diante de uma população que pretende, no mínimo ser bem tratada, pois sofreu muito com enchentes, pandemia e anseia por qualidade de vida. E isso o Victor fez. Agora retribui esperançosa. Aliás, Victor ficou muito longe da sanha dos seus adversários que se inspiram nos porões do Palácio do Planalto, numa ideologia que o mundo repugna. Vai traçar o futuro político de Cachoeiro com novas lideranças. Tomara que possa desenhar também um horizonte com ênfase para descoberta da fraternidade, do afeto, e da redenção trazida pela presença significativa do outro.