É momento de reflexões, sob pena de entrar no
caminho errado. Às vezes me pergunto se
não exagero, atropelando fatos históricos, em insistir tanto na avaliação do
processo eleitoral para prefeito e Câmara Municipal. Depois de várias provas e
avaliações, sinto que não. Os candidatos estão proliferando exatamente porque
não há um favorito. Tudo não passa de conjecturas e articulações. Nesse contexto, tenho o direito de perguntar:
e se Bolsonaro perder seus direitos políticos no TSE, no julgamento do dia 22,
como ficará a situação da direita e extrema direita?
O que sinto – e já pude atestar – é que os que seguiram fielmente
Bolsonaro estão polindo os radicalismos, puxando o freio, diminuíram a
velocidade. Bolsonaro foi um ídolo de
muita gente, mas acabou exagerando em sua violência ideológica, a ponto de
estimular golpes, em diversas ocasiões. Não deu certo. Se não deu certo, algo
estava errado. Tanto que perdeu a eleição. O vereador Juninho, seguidor do
ex-presidente, e candidato a prefeito pelo PL, disse que não é a favor de
radicalismo, exatamente porque fez a leitura certa do que vem por aí. Bom
político não vê a jogada, antevê.
Carlos Casteglione, que já foi prefeito de Cachoeiro por duas vezes,
tenta fazer a ponte com o governo de Lula a fim de disputar a eleição. E também
com o governador Renato. Mas é uma tarefa difícil. Exatamente porque ficou no
inconsciente coletivo a sua performance com prefeito. Boa ou ruim, aí moram suas
chances de disputar o pleito. Muitas gerações já passaram.
No meio de tudo isso, temos, agora, o prefeito Victor e sua
administração. Na eleição teremos um político muito mais
experiente com dois mandatos nas costas e um imenso pacote de obras para
distribuir por todo o município. Até mesmo quem não era de sua base de apoio
vem chegando. Alguns jogam com reclamos de comerciantes que, momentaneamente, fazem
crítica de eventuais prejuízos que a execução da obra traz para seu comércio,
sua calçada sua garagem. Mas isso tudo é passageiro. Já fui secretário e sei como isso funciona.
São chuvas de verão e duram até a concretização da obra.
A minha visão hoje – e não tenho o direito
de exagerar – é que não há protagonismo nem da direita, extrema direita,
esquerda, extrema esquerda, o prefeito Victor vai fazer seu sucessor em
companhia imprescindível do governador Renato Casagrande. Claro que, como já disse aqui, a opinião dos
vereadores será fundamental, pois Victor trabalha juntinho com eles. O que não vem faltando, em verdade, é
movimentação. Onde tem uma obra todos os candidatos passam por lá, sejam os
deputados Alan Ferreira (Podemos), Bruno Rezende (União Brasil), os vereadores
Braz Zagoto (Podemos), o vice-prefeito Rui Guedes (Podemos), dentre tantos.
Além dos que querem chegar: Diego Libardi (Republicano), dentre outros.