A pergunta que o eleitor faz, diariamente, é uma só: quem são os candidatos a prefeito? Isto porque os candidatos à Câmara Municipal já se apresentaram há muito tempo. Pelo menos oficiosamente, ou seja, sem o registro na Justiça eleitoral. Não é difícil identificá-los. Sabem fazer política. E como sabem! São mestres. Conhecem o perfil do eleitor, pois vivem o dia a dia deles. Eu, que conheci o presidente da Câmara, Braz Zagoto - para citar apenas um nome - como dono de oficina de bicicleta, na Vila Rica, é hoje um professor. Com mestrado.
Quero dizer que vereador sabe tudo da política de seu município, sobretudo porque faz campanha 24 horas por dia. Conhece o pulsar do coração do eleitor. Se não for extremista, fica na Câmara quantos anos quiser. Cultiva o seu eleitor e conquista os outros. É só fazer um cálculo: só sai se quiser. Perguntei a um deles: quem será o próximo prefeito ou prefeita da cidade? Resposta foi rápida: é esse ou essa que eles tão falando aí... Quer dizer, não disse, né?Mas essa perplexidade atinge a todo mundo. O prefeito Victor, ao que tudo indica, já escolheu Lorena Vasquez. Mas, por ser muito nova e mulher na política, precisa um esforço maior de apresentação, o que está sendo feito através de obras. Que é, convenhamos, a forma inteligente de fazê-lo. Observo que o prefeito Victor está transmitindo para ela toda a dificuldade que teve quando se lançou candidato. Fica didático e realista.
Na falta de fatos concretos, criam-se notícias. A última é que o governador Renato Casagrande, em reunião com deputados Alan e Bruno, o prefeito Victor teria batido o martelo em torno do nome da secretária Lorena. Aliás, em termos de fidelidade partidária, é uma decisão sem críticas, sobretudo porque a administração de Victor é uma longa manus do governador. O que, de forma prudente, pode ser uma antecipação do futuro. Renato, queira ou não, sempre olhou Gerson Camata como um espelho no campo administrativo, sobretudo no interior. Não estendo aqui para o espectro ideológico. São diferentes. Casagrande nunca namorou com a direita.
Qual será a reação do deputado Alan, que ostenta, debaixo do braço, uma pesquisa que o aponta como vitorioso no pleito municipal? E Bruno, acomodaria sua esposa nunca vice? Por exemplo, com Diego Libardi? Claro que não se confrontaria com Casagrande. Bruno é candidato de poder.
Tudo isso que vem ocorrendo é para suprir a dificuldade de encontrar um candidato de extrema direita, em busca do apoio de empresários. Só que de bobo eles não têm nada. Vão jogar dinheiro fora? Com Ferraço não deu certo. O velho deputado quer cuidar de Norma Ayub e da candidatura de Ricardo ao governo.
Bem, vem aí Carlos Casteglione com um discurso meio furadinho de que as obras municipais têm que ser bem cuidadas. Com isso bate no prefeito Victor, como se ele fosse um incompetente e que sua experiência como prefeito supriria as eventuais falhas. Abre as asas para o presidente Lula, anunciando que se trata da mesma situação quando foi eleito prefeito.
Os próximos dias anunciam mais novidades.