Crônicas
Quem sabe faz a hora
2024-01-23 17:26:53

Fiquei afastado por uns dias desta coluna. Aproveitei o recesso forense. Afinal, digamos, ninguém é totalmente de ferro.  Mas, busquei os exemplares deste nosso jornal, que considero isento, para me atualizar sobre os fatos políticos. Afinal, Wagner dos Santos é jornalista brilhante e incapaz de macular uma notícia.

O fato mais importante, na visão dele, impecável, é a estratégia do prefeito Victor Coelho com fortalecimento do PSB, em detrimento do partido Progressista do deputado Alan.  Dispensou quadros antigos, formados no passado da atuação de seu irmão Glauber Coelho, mas que, hoje, contrapunham aos seus interesses administrativo e político. Afinal, os servidores dispensados ocupavam cargos de confiança. Isso quer dizer, por óbvio, se perdem a confiabilidade, não possuem mais interesse de quem os nomeou.

A política muda com os fatos e os tempos. Afinal, o líder hoje é Victor, que precisa, portanto, traçar seu caminho político-eleitoral. Não pode ficar preso a sentimentos ultrapassados em detrimento de seu futuro de jovem político. Comanda hoje um município importante no contexto estadual.  Ora, oportunidade é servir ao tempo. Oportunismo é servir-se do tempo. A definição de Geraldo Vandré é genial: "Em sabe faz a hora, não espera acontecer".

Victor precisa deixar seu legado na história política de Cachoeiro

Os opositores encontram críticas nas mínimas coisas. Até mesmo em chantagens emocionais. A obra da macrodrenagem, conhecida de todos, ao mesmo tempo que causa embaraços no trânsito, traz em si mesma sua importância vital para Cachoeiro.   De forma solerte, ainda se usa pegar pequenos detalhes incômodos para desfigurá-la com fake news. Ou ainda chantagens emocionais como se Victor estivesse traindo o legado do irmão. Coisa, aliás, que, além de covarde, é injusta. Isto porque, os desafetos das dispensas dos cargos, só defendem interessem pessoais ou de políticos oportunista em busca de ascensão.

Wagner definiu com objetividade e lucidez: trata-se de um movimento nacional que objetiva alinhar os partidos PSB e PDT para resguardar seus redutos eleitorais e ampliar sua representatividade também nas Câmaras municipais.  Enfim, trata-se de uma estratégia eleitoral bem definida.

O que precisa ficar claro - e parece que ainda não ficou -  é que Victor não é um marinheiro de primeira viagem.   Sabe o que quer. Claro que ouve seus assessores, mas conhece direitinho o que quer e o que não quer.  Conhece todos eles. Apesar de seu temperamento afável com os antigos companheiros, não é obrigado a seguir interesses político-eleitorais que não são seus.

Está preocupado em fazer o seu sucessor ou sucessora. Mas, também, precisa deixar o seu legado para história política de Cachoeiro. Com isso, por certo, estaria, aí sim, homenageando a memória de seu querido irmão. Difícil o prefeito que com a coragem de executar uma obra da importância e do porte da macrodrenagem. Ele está perfeitamente consciente da obra que realiza.

Se foi eleito pelo voto direto, possui o direito de escolher seus assessores, suas estratégias sem que isso tenha reflexo numa possível ilegalidade, que, absolutamente, não é.  Nesse ano eleitoral todo cuidado é pouco. As invencionices estão partindo de pessoas que viveram muitos anos com Victor e perdem a credibilidade porque são fruto da mágoa e amargura.

Victor tem um ano pela frente marcado por inauguração de obras. Tem tudo para fazer seu sucessor ou sucessora. Isso é que mais incomoda. As críticas não são sérias. Embora possa fazer algumas sobre o trânsito mal orientado.


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