Enquanto o prefeito Victor Coelho e sua equipe apresentam, nos meios possíveis de divulgação, uma série de obras em busca notadamente da melhoria da qualidade de vida dos cachoeirenses, o candidato de oposição a prefeito pelo PL, Juninho Correa, optou por posar na mídia ao lado de Bolsonaro e do senador Magno Malta. Honra suprema para si. Bolsonaro, no meio do tiroteio, disse que "temos eleição no ano que vem e estamos acertando o partido".
Para ele e seus correligionários - é óbvio - isto basta para se eleger prefeito, mesmo com toda a carga de profundas e insanas irregularidades que o ex-presidente está deixando como marca na história do Brasil. Inclusive a tentativa frustrada golpe militar.
Numa contraposição inusitada, o ex-Ministro de Educação do presidente Bolsonaro, Weintraub é categórico: "Após tudo o que já foi revelado, hoje, não há inocentes no PL do Valdemar (Costa Neto), não existe bolsonarista vítima. Todos são cúmplices! Todos são coniventes! O bolsonarismo é uma lepra!". Quem diz isso - é preciso que deixe em relevo - é um ex-ministro tido como gênio do governo bolsonarista.
A bem da verdade, a apresentação do vereador Juninho, que busca conquistar a Prefeitura, é, no mínimo, aventurosa, pois está jogando todas as suas probabilidades no bolsonarismo. Claro que faz isso depois de consultas aos seus apoiadores, inclusive empresários. Ninguém faria uma investida dessas sem um apoio maciço. Ao invés de apresentar um plano de governo, ele faz crer que a devoção a Bolsonaro é maior que tudo. Está em primeiro lugar. Faz isso na esperança do amor do cachoeirense a Bolsonaro, como na última eleição.
Pensemos. É fácil perpetrar um contraponto. Tudo leva a crer que está difícil concorrer com o volume de obras entregues à população pelo prefeito Victor e pela secretária Lorena Vasques. Todo canto de rua que se passa a Prefeitura está presente com obras em todos os segmentos. O bolsonarismo cachoeirense era um crítico contumaz sobre a qualidade das obras. Se a crítica não existe mais, é fácil concluir que a população está feliz com a qualidade das obras.
Bem, voltemos às táticas sucessórias. E os deputados Alan Ferreira e Bruno Rezende e o político Diego Libardi entram aonde no momento atual? Alcançar a Prefeitura para eles era tão fácil que estavam tirando par ou ímpar para saber quem seria o candidato. E mais: a mulher do deputado Bruno Rezende seria alternativa para composição entre eles. Isto é: sairia como vice de Alan, no caso de o deputado insistir em ser cabeça de chapa.
Resumindo: todos estavam considerando que Lorena não levantaria voo. Viram que não é assim. Victor investiu nela e deu uma cartada de mestre. Pode ser até que exponham que ainda não a conhecem, pois é jovem mesmo. Mas a barra está pesando. Contaram-me que os próprios candidatos estão sendo aconselhados a pedir que ela realize obras nos seus redutos. É ironia demais para tanta pompa para quem estava esperando pesquisa para "saber quem iria tomar posse".
Enquanto Victor está anunciado que "Cachoeiro vai ampliar a iluminação no município com parceria privada", os deputados-candidatos estão rodando em torno da vitória, como se fossem uma estrela guia ou posando para fotografia sentado em cima de promessas, com o indicador voltado para seu parceiro.
Se não cometer erros categóricos, fará seu sucessor continuando sua vida como político que realizou grandes obras no município. Daí é um pulo para deputado federal.
Ora, aprendi com a vida que estadista não atende para agradar, mas porque é justo. E tem a coragem de descontentar, até amigos e parentes. O estadista se antecipa à rua, na solução dos problemas sociais. Está com a rua, mas não está na rua. Creio que será assim. Victor tem grande chance de ser transformar num grande prefeito.
Nota: Na próxima semana o colunista estará ausente.