Os
queridos leitores sempre me perguntam a razão pela qual tratei da sucessão
municipal tão distante do pleito. Respondo: acho que tinha razão em fazê-lo. É
só olhar o que se passa no país. Sendo condenado ou não pelo TSE, Bolsonaro
traçou como estratégia visitar os municípios com mais de 200 mil habitantes
para fazer campanha dos candidatos seus aliados. Para não morrer eleitoralmente.
Claro que começará logo após o
julgamento. E mais: já admite, no caso de condenação, que sua mulher, Michelle,
seja sua sucessora enquanto tiver legalmente longe da política. É bom
acrescentar: olhe o que aconteceu com Putin...
Em sendo assim, há estratégia para todos os
gostos. Só que, como prometeu Bolsonaro, vai abrandar o seu discurso. Pergunta-se:
o que estará preparando o vereador Juninho para receber esse reforço? Os temas
serão mais regionais, ideológicos ou percorrerão o caminho da vitimização do ex-presidente?
Ou ainda de oposição ao prefeito Victor?
Se bem que o candidato mais esfuziante, em
busca dos meios de comunicação e mídia digital, é o deputado Dr. Bruno, que trouxe a estratégia do
ex-deputado Dr. Hércules. Está sempre
pousando com sua mulher, a ponto de se especular que ela também ingressará na
política. O que, em princípio, não acredito. Contrário a essa estratégia, é o
deputado Ferraço. Que ainda não se conformou com a derrota de Norma. Prefere
ficar em silêncio sobre a disputa para a prefeitura de Cachoeiro. Mas promete
que breve conversará sobre política. Não quer se queimar, como fê-lo apoiando a
candidatura Diego Libardi.
A festa de Cachoeiro é um prato para os
políticos. O deputado Alan Ferreira é visto em todos os cantos. Faz o gênero
bom moço, mas de bobo nada tem. Candidato que vai roendo pelas beiradas e não
gosta de conflitos. Fatalmente estará de cabeça na disputa para a Prefeitura.
Tenho falado pouco do PT. Isso porque as
manifestações têm sido muito discretas. O ex-prefeito Casteglione se considera
um candidato natural por ter exercido o mandato por duas vezes. Mas é pouco.
Acredito que esteja esperando os resultados positivos da administração de Lula
para uma manifestação maior.
Mas, em verdade, quem aprendeu a fazer
política nesses dois anos de mandato foi o prefeito Victor. Não se pronuncia
por nada, a não ser para fazer discurso nas muitas obras que inaugura quase que
diariamente. A antena, no entanto, está
agudíssima. Só escolherá seu sucessor depois se avaliar essas conversas, com
contato com o governador Renato Casagrande. Levará o nome de sua confiança e
aquele que tiver mais chances.
Mas quem tem acesso ao seu caderno de
anotações, diz que ele não perde nada. Sabe o nome de todo mundo e os trata como
amigos. É diferente do Victor de outros
tempos, deixou a sisudez de lado e conversa sobre qualquer tema na
administração pública. Mas fará o seu sucessor para permanecer na história
política? Nomes não lhe faltam.
Por falar em candidatos, acabo de ler, no
livro que Marilene acaba de lançar – “Abraçando a vida”, que tive a honra de
prefaciar, uma crônica emocionante sobre o presidente da Câmara, Braz Zagoto,
cujo o título “é Braz é bom”. Temos aí mais um candidato; candidato este que
nunca deixou sê-lo. Braz já sai com um slogan
perfeito e diz que não abrirá mão. Quer ser prefeito. Gostou de sentar na
cadeira quando Victor se ausentou. Segue a Festa.