É muito difícil saber o que tem na cabeça do presidente Vladimir Putin. É um enunciado secreto. Foi tudo na vida, de fio a pavio, se preparou tanto, mas, ao que tudo indica, está perdendo a guerra. Quem consegue entrar na cabeça do presidente Russo? Pelo menos para acompanhar a trajetória daquele que, frequentando os salões da Rússia imperial hoje, pomposamente, já foi motorista para pagar seus boletos mensais.    Antecipa – com quem concordo essencialmente -  Miriam Leitão que “não há mais bom cenário para ele. O domínio do território da Ucrânia ocorrerá unicamente pela desproporção de forças, mas ele não conquistará a Ucrânia.    O PIB do país que governa vai “despencar numa recessão que é ainda difícil de calcular, o dólar subiu 40%, medidas são tomadas pelo Banco Central para conter a fuga de divisas. Um rublo vale menos que um centavo de dólar. Nos últimos sete dias houve uma brutal destruição da riqueza russa. A bolsa ficou fechada, mas em Londres as empresas russas viraram pó. A ação do banco Sverbank estava cotada a US$ 15, vale agora US$ 0,02. E seu braço europeu decretou falência. Os títulos do país são classificados como lixo e não encontram comprador. Putin governa um país sitiado econômica e financeiramente”.

   Não há como contestar as conclusões extraídas dos fatos pela Miriam. Aliás, uma das mais respeitadas jornalistas do país, que, vinda de Caratinga, aportou em Vitória trabalhando em nossos jornais.  Voltando ao tema. A arrogância de Putin encontrou pela frente o que se denominou “espírito humano”. Na verdade – chega a emocionar – a força e a capacidade de luta dos ucranianos não se explicam nos manuais militares. Não se explicam mesmo. “Essa foi a primeira derrota de Putin. O domínio final será pelo esmagamento, seus tanques andarão sobre escombros. Que vitória será essa?”
   As eleições se aproximam. O que fazer para conter a inflação? O mundo todo está com inflação e está se perguntando sobre o que fazer. Quando o preço sobe, cai a renda das famílias, e isso aperta o orçamento e reduz produtos que não são essenciais. Isso provoca um efeito recessivo. O presidente Bolsonaro já estava revendo para mais adiante o pico da inflação, mas e agora, quando irá cair? O Brasil já estava com inflação elevada e a previsão dos economistas era de queda para 6% até dezembro. E aí? Pergunta este pobre marquês.