Crônicas
Festival de Embustes...
2022-08-22 17:40:13

Juro que já estava começando a crônica de hoje sobre os valiosos achados históricos na restauração da “igreja velha” (toda a minha geração a chama desse jeito...).  Cheguei a marcar uma entrevista com o Padre Evaldo. Mas, confesso, remarquei. O discurso do presidente Bolsonaro na ONU me tirou o sono.   Muito preocupado, me perguntei: - que geração esse governo está preparando? Santo Deus! A ponto de permitir que essa figura grotesca do ministro Queiroga, em plena ONU, passou pateticamente a agredir pessoas, que externavam suas opiniões, com gestos impublicáveis. Um Ministro da Saúde?!...  Esse, aliás, é jeito bolsonariano de governar. No mesmo momento, cinicamente, seu filho mais novo, apontou armas, num vídeo, para a CPI que apura corrupção na saúde. Aos risos. Ainda sob o efeito do “discurso” na ONU, Wagner Rosário, ministro da CGU, Wagner Rosário, agride senadora Simone Tebet com a arrogância dos asseclas desse “novo” Brasil, disseminando uma nova ideologia: a arrogância e violência e a mentira. Não. Não se pode conformar. O linguajar, a ação e os gestos são significativos. Formam a vergonha do Brasil de hoje. Claro que não gostaria de estar escrevendo isso. Mas ainda dou Graças a Deus por contar com jornalistas que permitem a imprensa livre, como é o caso do nosso editor, Júnior.     Depois da carta de Michel Temer, era esperado que o presidente Jair Bolsonaro tentasse arredondar a imagem de seu governo no discurso de abertura da 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Acho até  que ele tentou, mas é um perna de pau.  Pintou o retrato de uma economia vigorosa que vende o desemprego e atrai capital estrangeiro para investir em infraestrutura e tecnologia. De um país que deixou a corrupção para trás e está preocupado em preservar a Amazônia e o meio ambiente, em reduzir emissões de gases e garantir os direitos indígenas. De uma sociedade que está prestes a vencer a pandemia. Enfim, só que não se trata de um Fake News de quinta categoria.
   Encurtando a conversa. Estarrecedoramente, voltou a defender o “tratamento precoce” contra a Covid-19, desacreditado por evidências científicas avassalantes. Declarou seu apoio à vacinação, ainda que não tenha tomado vacina e que seu governo as tenha desdenhado por meses enquanto se envolvia em negociatas obscuras, investia em cloroquina e outras curandeirices. O cúmulo da insolência foi ter afirmado que “a história e a ciência saberão responsabilizar a todos”. Enquanto isso, o relatório da CPI da Covid está prestes a considerá-lo o maior responsável pela tragédia que já matou quase 600 mil brasileiros. E pior: o próprio Ministro Queiroga testou positivo... Por essa ele não esperava... Não esperava mesmo.

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