Não posso deixar de discorrer. A “Feijoada” da Leia repercute até hoje. Esta edição da revista estará, por certo, recheada de fotos do evento on line, digamos assim. Bem que Regina Monteiro declarou, em participação na “Live às 5ª”, que a revista impressa, tal qual a Leia, viverá para sempre. Todo mundo quer ver a sua foto em destaque. E quem foi à festa, quem viajou, quem é sucesso. Mas, de uma coisa podemos estar certos: o Jackson Junior e sua equipe são craques. Só que eles não revelam o segredo de tanto sucesso. Mas eu digo: talento. Escrevi no primeiro número da revista, fazia uma página, e tenho acompanhado o seu avanço porque enveredou exatamente pelo caminho que as pessoas gostam: textos curtos, registros e muita foto. De parabéns, portanto, à equipe Leia.
Mudo de assunto. A próxima eleição para prefeito é especialmente difícil de prever: não tem nenhum modelo de ciência política que incorpore os efeitos de uma pandemia que matou mais de 100 mil pessoas e impedirá a campanha de rua, ou a ressaca de uma tentativa de golpe de Estado frustrada, ou o desmonte aberto, sem resistência, do principal fator que explicou a eleição de dois anos atrás (a Lava Jato). O presidente da República, que até outro dia tentava o autogolpe, não montou um partido para si, porque achava que não ia ter mais que se preocupar com essas coisas. O ciclo político de indignação que começou em 2013 parece ter terminado com o exercício do poder pelos que têm dinheiro e armas da maneira mais aberta, criminosa e impune possível. E o impressionante é que a eleição de 2020 pode ser a mais “normal” desde 2013, justamente por isso. Os fatores que complicaram 2018 —a Lava Jato, a antipolítica, o rescaldo de 2013— parecem ter morrido no desabamento posterior. Talvez por isso, pode haver um retorno à política mais pé no chão. Ou não. Até a próxima.