Wilson Márcio Depes
Queiram ou não os meus caros leitores, mas o presidente Bolsonaro começou mal. Nem precisou de oposição para atrapalhar. Bastam os filhos. Caiu um ministro tendo como fato gerador tricas e futricas dentro de casa. Sobre a reforma da Previdência, vou pedir um tempo para digeri-la. Já estou com o anteprojeto nas mãos, num total de 66 páginas, estudando artigo por artigo. O presidente, mais uma vez, pediu desculpas por ter criticado o projeto do ex-presidente Michel Temer. Agora ele sentiu que a reforma é necessária. Aos trancos e barrancos estamos começando. Mas queria falar de outro assunto. O jornal O Globo, todos os anos, escolhe e premia “as pessoas que fazem a diferença”. Dentre elas, a personalidade do ano. Aliás, esta é uma ideia que passo mais uma vez para o Jackson Júnior. A revista tem estrutura para desenvolvê-lo aqui em Cachoeiro e possui também colaboradores que podem formar o corpo de jurados. Há muitas pessoas fazendo o bem em nossa cidade e que merecem, pelo menos, o reconhecimento e o carinho de todos nós. É o caso, por exemplo, da irmã Otilia, que é praticamente uma santa. Geralmente essas pessoas fazem o bem anonimamente e acho que vivemos um tempo em que esses exemplos precisam ser mostrados. Com 90 anos de idade, Fernanda Montenegro foi escolhida a personalidade do ano de 2018. É um exemplo porque esteve mais ativa do que nunca no ano passado: estreou espetáculo, lançou livro, brilhou mais uma vez na TV e personificou o sentimento da classe artística, ao rebater críticas contra as leis de incentivo à cultura numa frase que viralizou: “Não somos corruptos”. Penso que poderíamos fazer o mesmo em Cachoeiro. A Leia, com o tino empresarial e humanístico do Jackson Júnior, poderá, tranquilamente, se a ideia for encampada, marcar um gol de placa, com uma festa meritória.
Crônica Revista Leia - Publicada em 23/02/2019