Crônicas
Mundo louco...
2022-08-22 08:44:03

Wilson Márcio Depes

Antes de começar a crônica de hoje, mas já começando, como diria Jô Soares em suas inesquecíveis entrevistas, queria fazer uma pergunta: por que os motoqueiros têm tanta pressa? Não podem esperar um pouquinho? São tantos acidentes... Bem, mas o assunto principal é o pânico estabelecido com cerco formado em torno do Facebook, a rede social utilizada por dois bilhões de pessoas que mudou a forma de os indivíduos se relacionarem entre eles, com a política e com tudo afinal. Não são só jornais americanos que já reconhecem a amplitude do uso ilegal de dados através da internet. Esse escândalo com o Facebook - dentre muitos – chega em momento especial para o Brasil, às vésperas de eleições gerais. Não bastasse a rede já ser acusada de permitir que russos usassem para espalhar notícias falsas, a fim de ajudar a candidatura de Trump, em 2016, na disputa com Hillary, a mesma denúncia volta a ser feita, desta vez envolvendo uma empresa britânica. Claro que é profundamente pedagógico para políticos e eleitores brasileiros. Bom, aí eu me pergunto: o que pode acontecer? Didaticamente, principalmente para as autoridades e políticos, sem esquecer de nós, pobres mortais, o caso aponta para os riscos à privacidade dos usuários do Facebook. Claro que a empresa poderá enfrentar novas exigências legais e ter que mudar sua atuação. O vazamento de dados está sendo investigado no Reino Unido e nos EUA. O leitor poderia ponderar – eu que sou um ser analógico – se acredito que haverá uma debandada em massa no Facebook? Claro que não, digo com toda ênfase. Hoje, penso assim, o Facebook é tão grande que muitas pessoas que o usam nem pensam em abandoná-lo, pois dependem dele para suas vidas sociais. Para muitos, o Facebook é a coisa mais importante da internet, seus amigos na rede social são muito mais confiáveis que um telejornal, por exemplo. Para mim, confesso, nada vai mudar, pois a maioria da população só quer que o serviço funcione. Além disso, e isso já se tornou inevitável, as empresas que o comandam estão concentrando muito poder. Além disso, como diria a desembargadora Marília de Castro Neves, foi só uma precipitação... Deus que nos proteja.

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